segunda-feira, 1 de junho de 2015

Poesia – Projeto


Leitura e escrita, memórias e significados. 
A escola tem como tarefa construir leitores e escritores competentes. Nesse sentido, o que de fato ressignifica o ato rotineiro de ler e escrever em nosso fazer pedagógico?

Indagações sobre o meu percurso de aluna:

*O que é que sempre me assustou?
*Quais eram meus receios?
*Como aprendi a ler e a escrever?
*Quem me ensinou?
*O que foi tolerado nesse processo?

Três imagens marcantes ligadas à escrita:
*O armário branco de madeira do banheiro da casa de meus pais rabiscado, por mim, de caneta azul, para dizer que eu tinha uma escova de dente nova.
* Uma parede da sala rabiscada com giz amarelo, para expressar que entendia o mundo letrado, no local em que meu pai lia diariamente o seu jornal.
*O primeiro dia de aula: caderno com linhas, abelha carimbada pela professora e muitas vogais “a” para repetir ao longo daquela página infinita.

A escola foi criada para colocar o sujeito no mundo da civilização que é o mundo do dever, da falta (enquanto não saber), da ordem e das regras sociais. O convívio com o outro é que nos faz encarar o limite cotidiano, é com esses outros que vou aprendendo e ao mesmo tempo vou me mostrando e me constituindo.

A Leitura e a escrita na sala de aula:

*Refletir sobre a rotina de sala de aula -Ressignificando o Ritual-Madalena Freire
*Pauta organizada pela professora e socializada com o grupo.
*A chamada deixa de ser um ato mecânico e burocrático e passa a ser encarada como o primeiro vínculo do dia com cada criança.

Leitura e apresentação oral:

“O Pensamento Vivo do Menino Maluquinho”.
Ziraldo, em pequenas frases, instiga tanto o pensamento reflexivo quanto o riso.
“Dicionário do Castelo Rá-Tim-Bum”.

Projeto de Trabalho
“A Poesia Entrou Em Nossas Vidas”

Movimento inicial: visitei as livrarias para conhecer os lançamentos e reconhecer outros livros de literatura. Através da leitura de cada obra selecionei aquelas que nos acompanhariam durante o ano letivo. Em sala de aula contagiei os alunos com minha propaganda e leitura oral. Solicitei que cada aluno adquirisse um exemplar para que fizéssemos um troca-troca semanal.

O homem constrói casas porque está vivo, mas escreve livros porque é mortal. Vive em sociedade porque é gregário, mas lê porque se sente só. A leitura constitui para ele uma companhia que não ocupa lugar de nenhuma outra, mas que nenhuma outra poderia substituir. Não lhe oferece nenhuma explicação definitiva acerca de seu destino, mas tece uma apertada rede de conivências entre a vida e ele. Ínfimas e secretas conivências que falam da paradoxal alegria de viver, mesmo quando referem o trágico absurdo da vida. Por isso as razões que temos para ler são tão estranhas como as que temos para viver. E ninguém nos pede contas dessa intimidade. (PENNAC, 1997, p.166).

Nas visitas a biblioteca do colégio os alunos escolhiam aos livros e selecionavam uma poesia para memorizar e apresentar aos colegas em sala de aula.

O texto selecionado foi copiado, em uma folha de estêncil para que todos tivessem acesso ao texto do colega. Essa cópia é, para o aluno, carregada de sentido.

“Foi superlegal escrever no estêncil porque foi minha primeira vez. Foi difícil. Se errasse não podia apagar o erro”. (Bruno André Blume, 8 anos).

“Achei legal usar estêncil porque a gente escreve de um lado e sai do outro”. (Juliano Ramos Dias, 9 anos).

“Na hora que comecei a copiar a poesia de Cecília Meireles, no estêncil, eu senti um pouco de medo, pensei que ia errar alguma palavra da poesia”. (Michelle Estevam Vilpert, 8 anos).

“Achei legal o estêncil porque a palavra entrava de um lado e saía do outro”. (Francielle Pereira, 8 anos).

Critérios para a organização da coletânea de poesias em um livro: 
1º Quais as partes de um livro?
2º Quais as informações de cada parte?
3º Que critérios vamos utilizar para organizar o miolo do livro?
4º A partir de que página iniciaremos a numeração?
5º Como faremos o sumário e a apresentação?
6º Que título terá o nosso livro?

Depois do livro montado passamos a conhecer a vida dos autores.
Os comentários a seguir mostram que as crianças têm prazer em conhecer esse outro que lhes fala, que é uma pessoa e que tem uma história, lidando deste modo, com o conhecimento de forma contextualizada.
“Foi muito bom pesquisar sobre a vida do autor, porque eu nunca soube nada sobre a vida de um autor”. (André Augusto Zanini Worm, 8 anos) .
“Gosto de pesquisar e adorei saber sobre a vida do autor”. (Bruno André Blume, 8 anos).

http://pesquisasparasaladeaula.blogspot.com.br/2014/05/pesquisas-e-elaboracao-de-conteudos_6391.html

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