segunda-feira, 1 de junho de 2015

Para programar os trabalhos de campo, o primeiro passo é sugerir aos professores que façam uma boa pesquisa e procurem na internet e em guias de turismo e cultura informações detalhadas sobre destinos e eventos adequados ao currículo, ao projeto-político-pedagógico (PPP) e ao público atendido pela escola.

Vários museus e instituições culturais públicas e privadas de diferentes locais do Brasil recebem grupos gratuitamente e até oferecem ônibus para os alunos se a visita for agendada com antecedência. Fundações e empresas que organizam exposições e eventos temporários também costumam ser receptivos e alguns planejam ações que incluem monitoria especializada, orientação para os professores e transporte para atender às escolas. Vale consultar ainda as Secretarias de Educação, de cultura e de esporte do município e do estado para se informar sobre os projetos destinados a estudantes, além de considerar a possibilidade de negociar valores e de utilizar verbas definidas pelo Conselho Escolar para viabilizar as saídas.

Em Alvorada, na Grande Porto Alegre, a prefeitura oferece transporte gratuito para trajetos dentro do município desde que planejados com no mínimo 15 dias de antecedência. Uma vez por semestre, as unidades da rede têm um ônibus à disposição para saídas intermunicipais. Além das opções oferecidas pelo poder público, os gestores da EMEF Herbert José de Souza buscaram alternativas gratuitas para viabilizar outras atividades. A professora de Arte, Cecília da Silva Camilio, por exemplo, trabalhou com a turma do 6º ano os elementos formais da Arte - linhas, cores, texturas etc. - e organizou uma visita de observação com os alunos à Fundação Iberê Camargo, na capital. O museu - que, além do acervo do artista gaúcho, abriga exposições temporárias e realiza eventos ligados à arte contemporânea - oferece entrada gratuita e transporte para estudantes de instituições públicas.

É possível também organizar ações que dispensem grandes deslocamentos. Fique alerta, pois muitas vezes há opções de locais próximos que são perfeitos para trabalhos de campo. A EM Oswaldo Lima Filho, em Recife, por exemplo, aproveita a proximidade com um manguezal - localizado no Bairro do Pina, a apenas cinco minutos de caminhada da escola - para realizar aulas de Ciências com alunos da primeira etapa do Ensino Fundamental. Embora qualquer saída exija cuidados (leia dicas na página seguinte), passeios desse tipo prescindem de grande logística: não geram gastos com transporte, têm menos chance de extrapolar o tempo previsto e podem até dispensar alimentação das crianças no local, sendo portanto menos sujeitos a imprevistos. Esses fatores, segundo a diretora Ana Lúcia Ferreira, garantem a adesão total: "Como são atividades que fazem parte dos conteúdos regulares, é preciso que todos os alunos estejam presentes. E, nesses moldes, há menos resistência dos pais em autorizar a participação".

http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/como-organizar-boas-saidas-pedagogicas-passeio-excursao-695103.shtml?page=0

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